COMO NASCEU O CDC

2010 foi um ano e tanto na minha vida. Provação atrás de provação. Havia completado meu primeiro ano de casada e acabado de fechar negócio com minha casinha nova, comprada (financiada) com muuuuito custo. Compramos essa casa na fase dos últimos acabamentos. Faltava a parte elétrica, a pintura e a área de serviço. Terminar essa parte foi um desafio e tanto para nós. O dinheiro era curtinho-da-silva-ferro! 

Decoração? Bem... deu pra pra comprar duas coisas: uma geladeira nova bem pequena e um fogão basiquinho, "tudo isso" no crediário das Casas Bahia! Depois de uns dias dormindo num colchonete emprestado, conseguimos comprar uma cama box menor que o marido. Ele dormia com as canelas de fora e até teve saudade do colchonete! Já contei isso aqui uma vez...

A casa ainda estava em obra (finalzinho) quando pulamos pra dentro. Não tínhamos tv, nem computador. O celular era basicão... #OsDesconectados! Quando tinha um tempinho livre no trabalho, eu entrava em blogs de decoração e ficava sonhando com o que daria pra fazer em casa. Eu não tinha nem móveis velhos pra praticar um DIY, nadinha, a casa era tão vazia que não tinha nem bagunça pra arrumar... 

Algum tempo depois, compramos uma televisão de 14 polegadas. Aí tive um problema: onde colocar a bichinha? No chão? Olhei pra um lado, olhei pro outro, vi umas latas de tinta num canto. "Vai dar rock!", pensei. Chamei o marido e pedi pra ele tirar a porta de um dos quartos. As quatro latas de tinta serviram como os pés da mesa que eu improvisei com a porta! Cobri a invenção com uma toalha de mesa neutra e ficou bonitchinho... Pronto!!! Meu quarto já tinha cama de casal e um "rackzinho" com TV.

Eu era tão feliz, mesmo não tendo "nada"... "Nada" entre aspas mesmo, pois eu tinha uma casa própria (100% financiada), um marido lindo e comidinhas pra fazer. Eu sempre tive um jeito leve de olhar a nossa situação e conseguia transferir tranquilidade pro marido. Ele ficava triste por ter me tirado do conforto da casa dos meus pais, por estar sem grandes expectativas, por não poder me dar as coisas que eu via nos blogs (homem não entende que a gente gosta de ver coisas nas vitrines "sem compromisso", né?)... Era muita responsabilidade nas costas de um rapazinho de 22 anos. Mas eu sempre conseguia passar segurança pra ele. A segurança de que eu não estava triste, de que eu sabia que ele não se acomodaria naquela situação, de que eu não iria embora, mas que o amaria ainda mais todos os dias da minha vida. Sempre acreditei no potencial que a gente tinha e na força de vontade dele. E eu sempre soube que Deus nos abençoaria se não reclamássemos das coisas e puséssemos a nossa fé nEle. 

Ihhh, se deixar, eu me perco nas histórias dessa fase da nossa vida. É tanta coisa!!! Mas voltando ao assunto... de tanto ler blogs e me apaixonar por blogueiras - beijo Mari Mari, você é a culpada! - eu comecei a ter vontade de ter um espaço online. Nem que fosse só pra eu guardar boas ideias pra mim. Nunca fui a garota popular da escola, então nem esperava que o blog um dia alcançaria tanta gente. Mas eu não queria falar só de decoração... queria falar dos meus sonhos, das coisas que as mulheres gostam e, principalmente, sobre como eu era feliz no meu casamento. Matutamos (eu e marido) um nome pro blog. Pensamos em vários nomes meio bregas... até eu mencionar que queria algo que tivesse a ver com coisa de casada. Plim! "Vai ser esse mesmo!!!". A minha ideia era terminar os posts com "... ... também é coisa de casada", mas de repente virou "Marido alguma coisa..."

Eu queria tanto que todo mundo pudesse viver um casamento feliz como o nosso. Pensei que se eu dividisse as minhas experiências, meu modo de ver e viver a vida, estaria ajudando outras mulheres. Também queria mostrar pra quem chegasse aqui que o amor ainda existe e que vale a pena lutar por ele, que vale a pena se entregar e viver absurdamente feliz nesse mundo feio e deturpado de hoje. Eu tinha (e tenho!!!) tanta coisa boa pra compartilhar que o mais certo seria começar a escrever um blog. Se tivesse público, ótimo! Se não tivesse, eu ainda continuaria escrevendo, como num diário particular.

Ainda bem que vocês chegaram, e ainda bem que continuam aqui comigo. Aprendo muito com vocês! E o mais legal é que, por escrever tudo que escrevo aqui, eu PRECISO viver dessa forma. Tenho que dar exemplo se não eu seria uma farsa, concorda comigo? Eu me cobro muito nisso!

Bom, já foi muito devaneio no meio do meu expediente! Hoje, 4 anos depois, tenho uma escola pra dar conta e preciso voltar ao trabalho. Ainda tô devendo pra vocês um post contando como montamos  nosso império  nossa escola. Hehehe, farei! =)


Marido me deu uns contratos pra organizar aqui! Trabalho me chama. Êeee sabadão!!!