Na semana passada eu trouxe pra vocês a primeira parte da série "Votos do Altar" e foi o maior sucesso. Clique aqui pra ler! Hoje vou postar a segunda parte que está recheada com uma história linda de amor verdadeiro. Acho que vocês vão gostar tanto quanto eu gostei!
(Como recebi reclamações da cor do texto anterior, que ficou meio esquisito pra ler - cinza - vou deixar o de hoje pretinho mesmo. Mas não esqueçam que o texto é do Pr. Áquila Cabral e não meu, tá?)
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"Hoje quero compartilhar algo muito importante. O que vou escrever nessas linhas é fruto do que aprendi observando o casamento de duas pessoas formidáveis: Meus pais. O exemplo deles é muito importante em toda formação do meu próprio casamento.
Minha mãe conta que, quando menina, sempre sonhava com um príncipe num cavalo branco indo buscá-la em São Fidelis, interior do Rio. O príncipe chegou. Não tão alto. Mais ou menos 1,67m. Não chegou num cavalo branco, mas de muletas. Sim, as muletas eram sua companhia desde os cinco anos de idade, quando foi vítima de paralisia infantil. Não tinha dinheiro guardado, nem casa, nem carro. Só amor e disposição para trabalhar. E como trabalhou. Casaram-se em 21 de setembro de 1974. A mudança coube num saco de mercado. Foram para a cidade do Rio de Janeiro tentar a vida. Quanta saúde e vitalidade tinha meu pai. Apesar da limitação física, andava muito. Com uma perna e “quase meia” apoiadas pelos arrimos de madeira feitos por ele mesmo, no auge de sua saúde fez coisas que muitos homens não fazem com duas pernas perfeitas. Que exemplo!
Lembro-me de ter visto meu pai consertando algo na caixa d'água da casa onde morávamos. Não me pergunte como ele subiu. Ele estava lá resignado a fazer o conserto. Um dia teve uma queda no banheiro e quebrou a perna em várias partes. A perna mais afetada pela paralisia ganhou tantos parafusos e platinas que imagino ter dobrado de peso. Foi um tempo difícil. Ficou hospitalizado, depois acamado em casa por vários meses.
Minha mãe, mulher linda e ajudadora sem igual, economizava sabiamente o quanto podia. Teve de começar a trabalhar pesado para complementar os proventos familiares. Meu pai melhorou, mas não totalmente. Foi aposentado por invalidez, mas nunca agiu como um inválido. Sempre gostava de ser útil em alguma coisa, embora fossem notórias as restrições. Os anos foram passando. Crescemos, casamos e lhes demos netos.
A saúde de papai foi se agravando com o passar do tempo. A irreversível poliomielite foi acompanhada por outras dificuldades como diabetes, hipertensão, colesterol, entre outras. Por razões mais que óbvias passou a não andar como andava, recebendo todo o cuidado de nossa mãe na cama. Comida, remédios, higiene com trocas de fraldas foram apenas parte de todo cuidado que nossa guerreira genitora dedicou a seu marido apaixonado.
Em setembro de 2012 nosso pai nos deixou. No dia de seu sepultamento minha mãe tomou a palavra para agradecer aos presentes. Suas últimas afirmações naquele dia foram: 'Há 38 anos fiz um voto com este homem: ser fiel a ele até que a morte nos separasse. Hoje cumpro os meus votos'. Já fiz várias cerimônias de casamento. Já preguei vários sermões para os casais. Já ouvi dezenas de votos, mas nunca presenciei algo tão forte sobre a perseverança do amor. Percebi em um funeral a encarnação das palavras 'na saúde ou na doença, até que a morte nos separe'.
Não relatei essa história para te deixar triste. Pelo contrário, o fiz para alegrar seu coração, pois isso me alegra. Não perdi meu pai. Só perdemos o que não sabemos onde está. Sei que ele está no descanso com Jesus. Trouxe essa história nesse artigo para que sirva de ânimo e resiliência para seu casamento. É trágico ver alguns casais se separando por que o cônjuge ganhou uns quilinhos extras, ou então por que entrou em um processo difícil de saúde. Casamento não é feito por duas pessoas descartáveis. O corpo pode sofrer com as enfermidades, mas o amor é renovável. Não deixamos de amar por que ficamos enfermos. Porém, há muitos de corpo perfeito que ficaram enfermos de alma por terem deixado de amar.
O sábio Salomão escreveu em Cantares 8.7: 'As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria totalmente desprezado'.
Corredores não deixam de amar quando se tornam muletantes ou cadeirantes. Olhos embaçados pela catarata ou nublados pelo glaucoma não perdem a visão do amor. O amor é mais forte do que qualquer enfermidade. Se não for assim, então não é amor.
Pense nisso. Que Deus te abençoe".
(Pr. Áquila Cabral)
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Tem alguém aí que já tá doida pra ler a terceira parte "Na Alegria ou na Tristeza"? Eu tô!!! Fiquem ligadinhas que na semana que vem trago novidades dessa série!
Marido é muito mimado por mim quando fica dodoizinho! Eu sempre peço pra Deus, meu parceirão, cuidar da saúde dele também! ♥
Linda história, lindo ensinamento. Q Deus me ajude a me manter fiel aos futuros votos q farei daq ha 456 dias! !!
ResponderExcluirObg Karol por compartilhar tudo isso conosco!
Te amo, msm sem conhecer pessoalmente!
Beijinhos
Evellyn
*-* Obrigada pelo carinho Evellyn!
ExcluirQue Deus abençoe seu futuro casamento e que você seja sábia como esposa em todo o tempo!
Beijocas!
Olá Karol. Sou moçambicana e gosto do q a Karol escreve sobre relação conjugal. N sou casada, mas estou num relacionamento há 6anos com meu primeiro e único namorado e como nós vivemos o nosso relacionamento como um compromisso sério, tenho aproveitado algumas dicas de comportamento que vi aqui, porque meu sonho sempre foi me casar p nunca me divorciar. Obrigada por abrir a minha mente relativamente ao q deve ser o comportamento de uma mulher na relação, porque na sociedade em q vivo as mulheres "modernas" parece q têm vergonha de demonstrar respeito e submissão aos parceiros, e as "antigas" (mais velhas) fazem todo papel de mulher dedicada, mas sem demonstrar o amor e carinho q vejo a Karol dedicar ao seu marido, como se tudo n passasse de um peso q elas devem carregar p o resto da vida. E eu n quero um relacionamento assim p mim, foi a primeira vez q vi um casal agir como se ainda fossem namorados. Outra coisa q aprendi, é q tudo só da certo, quando se cria uma proximidade com Deus, sempre acreditei nEle, e tive muitas provas da Sua presença na minha vida, coisas q considero milagres, mas percebi q a proximidade a Ele deve ser muito maior p q eu me torne uma pessoa melhor como pretendo. Tento seguir os conselhos da Karol, ainda n fiz muito, mas sei q chegarei lá. :) Agradeço por tudo e q Deus continue a abençoar a si e ao seu marido.
ResponderExcluirBjnhos da Simone (tenho 22 anos)
Ai que fofa!!! Amei seu recadinho!
ExcluirVai nessa força Simone. Quando Deus é a base, tudo dá certo!!! =)
Deus abençoe vocês!!!
Amém. :)
ExcluirEu li a primeira parte e realmente falou comigo, já li para várias amigas, sendo uma delas a minha mãe, rs.. e também para meu futuro esposo, é lindo encontrar palavras tão sábias e exemplo de amor tão edificante.! Que nosso amor venha a ser, cada dia mais, semelhante ao de Deus s2.
ResponderExcluirBeijos querida, amo o blog *: Paz.
Edla Lemos.
Obrigada pelo carinho Edla! =)
ExcluirDeus te abençoe!
Adorei muitooooo! sábias palavras.
ResponderExcluir.
ResponderExcluirLindo d+. Inspirador sabe... Minha mãe tbm é de São Fidélis.
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