NA ALEGRIA OU NA TRISTEZA - Terceira parte da série "Votos do Altar"

Oba! Terceira parte da série "Votos do Altar" do Pr. Áquila. Hoje ele conta como foi a chegada de sua primeira filha - a linda e doce Luíza. Ainda vou fazer um ensaio fotográfico com ela. Sou apaixonada por essa menina!

Vamos ao texto:  

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"Era dia vinte de dezembro do ano de 2006. Tudo estava preparado para recebermos nossa primeira filha, Luiza. A expectativa era grande. O quarto estava pronto, as fraldas estocadas, o parto marcado e o coração acelerado. Andreza, minha esposa já estava dando sinais claros de que a hora estava chegando. E chegou. Eu estava filmando o parto. Que alegria! Luiza nasceu.

Momentos depois os médicos me chamaram em um quarto separado e deram a notícia que nem eu nem minha esposa estávamos esperando: “Papai, sua filha é portadora da Síndrome de Down”. Você deve imaginar como ficou nosso coração naquela hora. Os exames não nos mostraram nada. Não fomos preparados para o fato. Nenhum casal, por mais cristão que seja, sonha em ter uma criança portadora de alguma síndrome. Quando casamos sonhamos sempre com o ideal, até percebermos que, na maioria das vezes, estamos vivendo uma realidade bem diferente.

Eu e Andreza (minha esposa) ficamos firmes, um ao lado do outro. Nosso casamento não sofreu avarias por termos nos tornado pais “especiais”. Esse fato serviu para que ficássemos ainda mais sólidos em nosso matrimônio. Nos primeiros momentos ficamos tensos demais com a notícia. Lembro que uma forte tristeza sobreveio sobre minha esposa. Não era rejeição por Luiza. O que estava acontecendo era um luto da criança que esperávamos e a aceitação de uma criança que não estava em nossa agenda.

Luiza nasceu especial e, apesar de tudo o que não sabíamos sobre ela, a  amamos profundamente. Ela não foi rejeitada por um só momento. Foi amada, não só por nós, mas por tantas pessoas que estavam e estão conosco. Há tantas crianças que nascem com históricos de saúde difíceis e são abandonadas.

Quando Andreza ficou grávida de nosso terceiro filho, recebemos outra notícia. Esta foi dada nos exames de rotina de gestantes. Os resultados diziam que aquela criança também teria a síndrome de Down ou outra síndrome. E agora? Mais um filho especial? Como seria? Para muitos casais, fatos como esses seriam suficientes para provocarem um divórcio. Muitos homens se acovardam em situações difíceis abandonando a esposa e os filhos. 

Diferente de Luiza, Josué, nosso terceiro filho, não nasceu com síndrome alguma. Apesar de todos os indicativos diagnosticados, ele nasceu uma criança dita normal. Graças a Deus, ficamos mais firmes que nunca, mesmo antes de seu nascimento. Nosso amor se consolidou na adversidade como uma palmeira que aprofunda suas raízes em ventos mais fortes. As tristezas não foram mais fortes que nossas alegrias. Quando nosso casamento está firmado em Deus, estamos preparados para toda adversidade que possa vir.

Dentre tantas lições que aprendemos, a primeira foi que o casamento nunca perde a validade. Pelo contrário, como o vinho, se resguardado da forma correta, aumenta seu valor e apura seu sabor de forma consistente. Outra coisa que aprendemos foi que crianças como Luiza, nossa filha, são diariamente deixadas para trás por pais sem amor no coração. Muitos encontram na síndrome um motivo para rejeitar a criança. Nós, porém, vemos na mesma síndrome um motivo para amar com maior intensidade. É assim que Deus nos ama. Não somos perfeitos. Nunca fomos. Porém, Deus nos ama mesmo assim. Luiza tem suas limitações, mas a amamos tanto quanto aos outros filhos. Assim também Deus lhe ama, não pelo que você possa ser de melhor, mas  por sua Graça.

Aos casais que estão passando por adversidades, posso afirmar que é possível passar por tristezas e imprevistos mantendo o amor. Aliás, não somos nós que mantemos o amor, é Ele quem nos mantém. 

Concordo com aqueles que dizem que o amor não é um sentimento, mas uma atitude. Isso é fato. Atitudes é que comprovam o amor. Porém, quero ir além desse conceito. O amor não só é uma atitude. O amor é uma Pessoa. Deus é amor. Se seu casamento não consegue se  manter, peça o Amor para entrar em sua vida. Mudar seu casamento será só uma consequência. Pense nisto. Que Aquele que não nos joga fora nos abençoe. Amém."

  

(Pr. Áquila Cabral)

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Será que ainda vai vir um textinho do "até que a morte nos separe"? A série tá boa, né?



Primeira parte - "Na riqueza ou na pobreza"
Segunda parte - "Na saúde ou na doença"

Marido é muito amigo do Pr. Áquila. Gente finíssima!